quinta-feira, julho 05, 2007


red road

Dolorido.
Dolo também é "intenção", né? Tu também sente isso? Assim, que no fundo tudo que acontece de ruim com quem tu gosta é tua culpa? Tu poderia ter dito tal coisa, poderia ter chegado antes, chegado depois. Foi tua culpa, e o fato que tu não teve dolo não conta.

Eu entendo esse como um filme sobre culpa e luto. Tanta culpa, tanta, tanta que só resta se unir ao outro culpado. Só com ele é possível falar sobre o que tanto atormenta, só ele pra entender. Aquele que eles chamam de assassino, mas na verdade é o cúmplice, meu cúmplice.


my pet!

terça-feira, abril 24, 2007

Feist é, tipo assim,

Peretti diz:

e a voz da analy é chata
Gabriel Besnos diz:
é
Peretti diz:
a da feist é um boquete auditivo
Gabriel Besnos diz:
sim!!!
Peretti diz:
dos bons
Gabriel Besnos diz:
exatamente!
melhor descrição

segunda-feira, abril 16, 2007

1234



Ouçam "The Reminder", último disco da Feist.
Makes you wanna go around making the tata dance.

P.S.: Valeu pela dica do clipe Mah.

quinta-feira, março 22, 2007

Mestra

quinta-feira, março 15, 2007

Cão

Quem não conhece Romulo Fróes não sabe o que tá perdendo. O primeiro disco, "Calado", é uma coleção de sambas tristes à antiga. Fácil enxergar as influências de Cartola em "O Sol É Comum". Em "Dentro do Peito" a percussão daquele sambão de boteco acompanha uma voz dolorida e uma letra que é uma facada no coração. Em outra ele ainda pergunta: "Pra quê cantar com alegria? Cantar assim faz mal a quem é triste."

O segundo, "Cão", traz a mesma temática do primeiro, o samba triste, mas com atualizações. Apesar de quem já conhece estranhar a introdução da guitarra em "Tudo Que Pesa" ou "Sobre a Gente", depois de ouvir mais algumas vezes e ver que ele não esqueceu como se faz em "A Marcha", acaba compreendendo que esse disco é mesmo uma evolução.

"Vou pedir ajuda a algum cantor..."

quarta-feira, março 14, 2007

Não sei fazer poema, sei fazer brain

Quando eu botei Ambulance aqui uns dias atrás tava pensando que a beleza da letra era juntar duas afirmações que pra mim são quase antagônicas:

No I ain't got anything to be scared of, no
'Cos I love you

Afinal, se tem uma coisa que dá medo é amar alguém.

É assim:


............-----|amor|--->
pessoa............................pessoa
............<----|amor|----

Tu vê que tem quatro elementos, as pessoas, o amor de um pro outro e do outro pro um. E aí a gente sempre fica (ou eu sempre fico) com uma certa dúvida do amor dos outros pela gente ou da gente pelos outros. Amor é uma coisa meio frágil, pelo menos no mundo que eu vivo. Então é fácil esse sistema parar de funcionar por dar problema nessa parte. As pessoas param de se amar, param de conviver, o amor é frágil, o amor se desfaz, o sistema se desfaz. A fragilidade do amor me dá medo de amar outras pessoas.

Mas às vezes não. Em alguns desses sistemas o amor é sturdy. Ida e vinda. Não tem como duvidar dele. Ele funciona, ele segura, ele passa qualquer prova, tu pode apostar nele sempre.

E é aí que a gente fica adulto e descobre que pessoas são frágeis também.

segunda-feira, março 12, 2007

Neon Bible

Já tá fácil baixar o novo do Arcade Fire. Eu (que demorei pra ouvir o primeiro, mas logo me apaixonei) digo depois da segunda audição que fiquei meio decepcionado. Claro, me avisa o João Pedro, perdeu a surpresa, mas aquela coisa boa da música enorme, que enche o ambiente e te leva pra um transe quase religioso faz uma certa falta. Só dá as caras ali no finalzinho, em "No Cars Go" e "My Body Is a Cage".

É pra ouvir, mas sem aquela expectativa.

domingo, março 11, 2007

Ambulance
blur

I ain't got nothing to be scared of, no
No I ain't got nothing to be scared of, no
No I ain't got anything to be scared of, no
'Cos I love you

I was born out of love
It's the only way to come into this world
I know I'm not all there
But I'm getting, getting, getting there
If you let me live my life I'll stay with you to the end
And I know, lord
I'm nearly there
I want to tell you this

I ain't got nothing to be scared of, no
No I ain't got nothing to be scared of, no
No I ain't got anything to be scared of, no
'Cos I love you

sexta-feira, março 09, 2007

Loucos

Peretti diz:
me intriga esse intercâmbio.

.:: Fê:
qual?

Peretti diz:
esse de informações sobre paus passados.

.:: Fê diz:
por quê?

Peretti diz:
é engraçado. homens não comentam particularidades sobre mulheres que ambos já comeram.
comparam umas com outras. mas falar da mesma e comparar... pelo menos comigo nunca aconteceu.

.:: Fê diz:
mas acho que vocês não fazem isso mesmo.

Peretti diz:
acho que porque acaba sempre entrando em questão o tamanho do teu pau nessa história.

.:: Fê diz:
ah, sim. e vcs não são loucos de comentar isso.

Peretti diz:
hahaha.
sim, melhor viver na dúvida.

terça-feira, março 06, 2007

Notícias tristes:

Morre Jean Baudrillard
Após retirar tumor no cérebro, forrozeiro se recupera


a_vida_é_ruim.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Filmes em fevereiro:
até agora (e que eu lembro)

À procura da felicidade
Álibi
Amor em cinco tempos, O
Café da Manhã em Plutão
Camelos não choram
Cinema, Aspirinas e Urubus
Dama da Água
Depois da vida
Pecados íntimos
Pequena Miss Sunshine
Rainha, A
Scoop
Última Noite, A
Você é tão bonito

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Pecados Íntimos
é tipo Namorada de Aluguel


Eu tinha entendido tudo errado. Fui ver Pecados Íntimos pensando que era uma história sobre uma família suburbana que produzia filmes pornô, mas eram pais exemplares. Daonde tirei essa demência eu não sei.

Não era isso, mas se fosse provavelmente ainda trataria sobre o mesmo assunto, um dos mais americanos que existem: "the struggle to fit in". Quase todos aqueles teen movies (tipo Namorada de Aluguel) que a gente viu na Sessão da Tarde tratavam sobre um mocinho/mocinha querendo se tornar popular para conquistar a prom queen/prom king e tendo como oponente o quarterback valentão/cheerleader vagabunda.

Eu não leria o resto sem ver o filme.

Aqui a high school vira um subúrbio de Boston, a mocinha é casada, mãe de uma menina que podia ser alvo da Super Nanny, a cheerleader é uma mãe exemplar e o prom king (assim referido no filme) é um pai jovem, bonitão, sustentado pela mulher e perdido na vida.

Em arcos de história paralelos também temos um policial aposentado por invalidez psiquiátrica e um pedófilo tentando, lá a sua maneira, encaixar-se também.

Filmar o time de futebol americano e as mães dispondo os lanches sobre a mesa com o mesmo travelling pode ser uma certa falta de originalidade, mas traça o paralelo do que é assustador e ao mesmo tempo desejado pelo casal de protagonistas.

E da possibilidade de alguém diferente, de um dia diferente nesse lugar tão monótono, surge um amor, e esse amor é impossível a menos que eles fujam.

A principal diferença de ponto de vista teen para o adulto é que aqui o autor pode ser pessimista. Daí o fracasso dos personagens em escapar às suas sinas: eles precisam lidar com o fato de que não se encaixam, não tem poder para se encaixar e ao mesmo tempo têm medo do que não é essa merda que eles já conhecem.

O filme tem lá seus problemas, como o final óbvio para o policial e o pedófilo e a história morna sobre "Slutty Kay". Mesmo assim vale a pena assistir.

P.S.: O filme tem um narrador que muitas vezes me lembrou o de Barry Lindon. Não tenho opinião formada sobre isso ser bom ou ruim. A Fernanda disse que é cafona.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Pra ouvir ouvindo

Uma hora eu ia descobrir que violoncelo é legal.
Ouve aqui.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Hanne Hukkelberg

Eu tô ouvindo CocoRosie desde agosto e, quando tô quase enjoando, o Firpo dá a dica pra essa moça norueguesa chamada Hanne Hukkelberg. O disco sai dia 2/3, mas até lá dá pra ir ouvindo três músicas no profile dela no myspace.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Foco exige sacrifício

Axe é uma marca muito legal. A razão é simples: eles não se mixam. "O nosso público são homens jovens que tem como maior interesse na vida comer mulher. A gente vai dizer que Axe faz ele comer mais mulheres". E aí eles pisam fundo nisso. Me diz um grande anunciante brasileiro que tem peito pra isso.



Camelos

Não me passava pela cabeça que algum dia eu veria um filme mongol.

Camelos são fascinantes. Quer dizer: não são, mas se tu ficar olhando bastante tempo podem ser. Tipo os pingüins imperadores.

Estranhei um pouco um documentário semi-atuado, lembrei daquelas aulas sobre pré-cinema verdade, mas logo cedi. A paisagem, as roupas e, claro, os próprios bichos hipnotizam. Byambasuren Davaa entrou pra minha lista de interesses fazendo um filme drama/documentário/etnográfico tocante e simples, sem ser chato.

Tem em DVD e não tem porquê não ver. Tem menos de 1h30 e certamente vai te deixar pensando.

A carência é o grande mal do mundo. A cura é o simples, é o pensar em menos coisas, é uma música.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

E comentário anônimo é sacanagem.

Robert Redford que nos perdoe, mas...

Pra ganhar Sundance você precisa de:

4 (no mínimo) eixos narrativos, sendo que o que mais promete deve não dar em nada
2 diálogos profundos e totalmente aleatórios, um deles entre pessoas que praticamente não se conhecem
1 seqüência forçadamente sensível (como a morte do peixe em "Eu, você e todo mundo")
tirar sarro com o hábito politicamente correto americano (o que é uma covardia, afinal a piada já está pronta)
1 personagem que "looks kinda weird, but is really a great person once you get to know him"
1 cena de sexo onde um dos envolvidos está zero excitado (adaptado da dica da Fernanda)
1 única música chata que se repete várias vezes ao longo do filme
1 cena final querendo passar MENSAGEM

Opcional:
1 criança que fale como adulto

Que planejamento adora fórmula.

terça-feira, janeiro 30, 2007



Visão do futuro.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Fingi Na Hora Rir

Los Hermanos


Hoje eu quis brincar de ter ciúme de você
Mas sem porque meu coração me avisou que não
Fingi na hora rir
Talvez por aqui estar tão longe de você pra te dizer

Aquilo que eu temia aconteceu ou foi só ilusão
Você manchou nós dois e desbotou a cor de um só coração
Ou anda sozinha, me esperando pra dizer coisas de amor

Pois eu, eu só penso em você
Já não sei mais porque
Em ti eu consigo encontrar
Um caminho, um motivo, um lugar
Pra eu poder repousar meu amor

Quantas horas mais vão me bater até você chegar?
Aqui meu lar deixou de ser aquilo que um dia eu construí
E eu fico sozinho, esperando pra trazer você para mim

Sofro por saber que não sou eu quem vai te convencer
Que cada dia a mais é um a menos pro encontro acontecer
E eu fico sozinho, esperando por você, meu bem-querer

Pois eu, eu só penso em você
Já não sei mais porque
Em ti eu consigo encontrar
Um caminho, um motivo, um lugar
Pra eu poder repousar meu amor

quarta-feira, janeiro 03, 2007

'Cuz I'm not sure.

Something More Besides You
Cowboy Junkies


One foot strands before the crib
the other by the casket
A question formed upon stilled lips
is passed on but never asked

I guess I believe that there's a point
to what we do
But I ask myself is there
something more besides you?

Two are born to cross
their paths, their lives, their hearts
If by chance one turns away
are they forever lost?

I guess I believe that there's a point
to what we do
But I ask myself is there
something more besides you?

This morning I awoke,
the bed warm where it once was cold
Small blessings laid upon us
Small mysteries slowly unfold

Yet I still wonder is there a point
to what we do?
'Cause I kind of doubt
that there is something more besides you

Although it's hard to find the point
to what we do,
do I dare believe that there is
something more besides you?