quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Pecados Íntimos
é tipo Namorada de Aluguel


Eu tinha entendido tudo errado. Fui ver Pecados Íntimos pensando que era uma história sobre uma família suburbana que produzia filmes pornô, mas eram pais exemplares. Daonde tirei essa demência eu não sei.

Não era isso, mas se fosse provavelmente ainda trataria sobre o mesmo assunto, um dos mais americanos que existem: "the struggle to fit in". Quase todos aqueles teen movies (tipo Namorada de Aluguel) que a gente viu na Sessão da Tarde tratavam sobre um mocinho/mocinha querendo se tornar popular para conquistar a prom queen/prom king e tendo como oponente o quarterback valentão/cheerleader vagabunda.

Eu não leria o resto sem ver o filme.

Aqui a high school vira um subúrbio de Boston, a mocinha é casada, mãe de uma menina que podia ser alvo da Super Nanny, a cheerleader é uma mãe exemplar e o prom king (assim referido no filme) é um pai jovem, bonitão, sustentado pela mulher e perdido na vida.

Em arcos de história paralelos também temos um policial aposentado por invalidez psiquiátrica e um pedófilo tentando, lá a sua maneira, encaixar-se também.

Filmar o time de futebol americano e as mães dispondo os lanches sobre a mesa com o mesmo travelling pode ser uma certa falta de originalidade, mas traça o paralelo do que é assustador e ao mesmo tempo desejado pelo casal de protagonistas.

E da possibilidade de alguém diferente, de um dia diferente nesse lugar tão monótono, surge um amor, e esse amor é impossível a menos que eles fujam.

A principal diferença de ponto de vista teen para o adulto é que aqui o autor pode ser pessimista. Daí o fracasso dos personagens em escapar às suas sinas: eles precisam lidar com o fato de que não se encaixam, não tem poder para se encaixar e ao mesmo tempo têm medo do que não é essa merda que eles já conhecem.

O filme tem lá seus problemas, como o final óbvio para o policial e o pedófilo e a história morna sobre "Slutty Kay". Mesmo assim vale a pena assistir.

P.S.: O filme tem um narrador que muitas vezes me lembrou o de Barry Lindon. Não tenho opinião formada sobre isso ser bom ou ruim. A Fernanda disse que é cafona.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Pra ouvir ouvindo

Uma hora eu ia descobrir que violoncelo é legal.
Ouve aqui.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Hanne Hukkelberg

Eu tô ouvindo CocoRosie desde agosto e, quando tô quase enjoando, o Firpo dá a dica pra essa moça norueguesa chamada Hanne Hukkelberg. O disco sai dia 2/3, mas até lá dá pra ir ouvindo três músicas no profile dela no myspace.